Residência Médica na Espanha: Venha Conhecer o MIR

Se você já pensou em sair do Brasil para fazer residência médica, a Espanha pode ser uma das melhores opções. O país tem um sistema organizado, com salários justos e, acredite se quiser, sobram vagas em algumas especialidades.

Em 2024, 246 vagas de Medicina de Família ficaram sem preenchimento. Além disso, os primeiros colocados no MIR foram estrangeiros, o que mostra que médicos de fora estão conseguindo destaque no processo seletivo espanhol.

Mas como funciona o MIR (Médico Interno Residente)? Como ele se compara à residência no Brasil? Vamos entender melhor esse caminho.

Como funciona a residência médica na Espanha?

Na Espanha, a residência médica segue o sistema do MIR (Médico Interno Residente). O processo é nacional, ou seja, todos os médicos fazem a mesma prova e concorrem a vagas em todo o país. O modelo lembra um pouco o SSM da Itália, mas tem algumas diferenças.

O que você precisa saber sobre o MIR:

  • Prova única, feita uma vez por ano

  • 200 questões objetivas + 10 de reserva

  • Duração de 4 horas e meia

  • Pontuação final = 90% da prova + 10% do histórico acadêmico

  • Após a prova, os candidatos escolhem suas especialidades e cidades conforme a pontuação

Ou seja, quanto maior a nota no MIR, mais opções você tem para escolher onde e em qual área vai atuar.

Vagas sobrando e estrangeiros no topo

O grande destaque de 2024 foi a falta de interesse por Medicina de Família. 246 vagas ficaram sem candidatos, o que significa que mesmo quem não teve uma pontuação tão alta poderia ter garantido uma vaga.

Outro ponto interessante: os primeiros lugares gerais no MIR foram de estrangeiros. Ou seja, médicos de outros países estão conseguindo competir de igual para igual e até se destacando no processo. Isso mostra que, se você tem um bom preparo, entrar na residência médica na Espanha não é um bicho de sete cabeças.

Comparação: Residência médica na Espanha x Brasil

Agora vamos para a parte que mais interessa: como o MIR se compara ao modelo de residência no Brasil?

1. Concorrência

  • Espanha: Muitas vagas abertas, e algumas sobram. Quem tem uma pontuação média no MIR ainda consegue entrar.

  • Brasil: Em muitas especialidades, a concorrência é absurda. Em alguns programas, dezenas de médicos disputam uma única vaga.

2. Salário e condições de trabalho

  • Espanha: O residente recebe cerca de 1.300 a 1.800 euros por mês, com direito a folgas, férias e benefícios.

  • Brasil: A bolsa de residência gira em torno de 4.000 reais e, em muitos hospitais, os residentes enfrentam sobrecarga de trabalho sem estrutura adequada.

3. Sistema de seleção

  • Espanha: Prova única, com uma nota que define sua colocação e a escolha da especialidade.

  • Brasil: Cada hospital tem um processo diferente, com algumas provas incluindo múltiplas fases e entrevistas.

Vale a pena tentar a residência na Espanha?

Se você quer um sistema mais organizado, com boa remuneração e menores taxas de burnout, a residência na Espanha pode ser uma excelente opção. Com um bom desempenho no MIR, as chances de conseguir uma vaga são altas, especialmente em especialidades menos concorridas.

E o melhor? O diploma de especialista espanhol, o que abre portas para uma carreira internacional.

Se a medicina no Brasil anda te cansando, talvez seja a hora de olhar para outras possibilidades.

E aí, já tinha pensado na Espanha como um plano B (ou até plano A)?

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